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FALTA DE CARNE BOVINA COMPROMETE DESENVOLVIMENTO DAS CRIANÇAS, AFIRMA DOUTORANDA DA USP
14
Out

FALTA DE CARNE BOVINA COMPROMETE DESENVOLVIMENTO DAS CRIANÇAS, AFIRMA DOUTORANDA DA USP

Nesta sexta, 12, Dia das Crianças, o Giro do Boi recebeu em estúdio a nutricionista Bruna Zavarize Reis, mestre em nutrição humana aplicada e doutoranda em ciência dos alimentos pela USP. A profissional foi convidada do programa para falar sobre os benefícios do consumo da carne bovina pelos pequenos.

A nutricionista destacou que, a partir dos seis meses de vida, é praticamente obrigatório aos pais fornecerem uma suplementação para o aleitamento materno, que deve prosseguir. Entre os alimentos a serem disponibilizados aos bebês está a carne bovina, que, de acordo com a doutoranda, é a melhor fonte de ferro no que diz respeito à biodisponibilidade ao organismo do ser humano, o que significa uma melhor absorção do mineral.

Bruna destacou que, já nesta fase de vida, a necessidade do corpo para o ferro é tão grande quanto à de um adolescente e, por esta razão, uma dieta vegetariana não é recomendada. A especialista afirmou que os pais que insistem nesta conduta para com seus filhos devem obrigatoriamente procurar um nutricionista ou um pediatra para comunicar a decisão e procurar alternativas, mas alertou que não há substituto à altura da carne bovina na nutrição das crianças. “Isso não é recomendado. Se os pais insistirem nesse tipo de conduta é obrigatório a suplementação porque se você tirar a carne vermelha dificilmente você consegue substituir. Na infância é impossível você fazer substituições”, alertou.

As crianças que não comem carne bovina podem apresentar, por conta da deficiência da proteína e do ferro, falhas em seu desenvolvimento, desde anemia até problemas cognitivos. “Inclusive tem vários estudos que mostram que crianças que não comem carne neste período, a partir dos seis meses, que mantêm o padrão vegetariano desde então, elas têm um comprometimento no seu desenvolvimento. Tem uma prevalência de anemia por deficiência de ferro muito grande, o comprometimento cognitivo dessa criança também é muito grande, então não é recomendado mesmo”, reforçou.

Para os pais que querem começar a oferecer carne bovina na dieta dos bebês, a melhor forma, explicou Reis, é desfiar carnes bem cozidas e, portanto, macias, como o músculo e patinho. Pedaços maiores em que as crianças tentam “sugar” o suco da carne podem ser perigosos por eventualmente a criança destacar um pedaço maior do que o adequado e, ainda, por não oferecerem tantos nutrientes quanto o pedaço em si.

Ao longo da entrevista, Bruna Reis ainda comentou os perigos das crianças substituírem uma alimentação saudável, incluindo carne bovina, por alimentos ultraprocessados como sorvetes, refrigerantes e macarrão instantâneo.

Além disso, comentou dados sobre os problemas causados em grande parte da população mundial pela baixa ingestão de ferro e ainda a importância da ingestão de carne bovina por mulheres em gestação por conta do melhor desenvolvimento do feto. “É provado que se a mãe tem alguma desnutrição durante a gravidez, claro que o feto acaba percebendo isso. Você programa aquela criança para que ela absorva com eficiência muito maior tudo que ela comer dali para a frente, na vida adulta, inclusive. E aí ela tem uma chance maior de ser obesa, por ter passado fome alguma época da vida, no caso, intrauterina. […] Para as mamães, continuem oferecendo (carne bovina) porque vocês estão caprichando no desenvolvimento dos seus filhos”, concluiu.

 

Fonte: Giro do Boi

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